sábado, 16 de janeiro de 2016

O momento que descobrimos que iam ser Quase Gémeos...e os seguintes! #parte2

No seguimento do post O momento em que descobrimos que iam ser Quase Gémeos...e os seguintes! #parte1   eu andava magra, pálida, fraca, irritada e exaurida, por outras palavras, devia andar mesmo insuportável e com ar cadavérico!

O M. que já me conhece há mais de 10 anos e, mesmo sabendo que habitualmente já não tenho o melhor feitio do mundo, foi o primeiro a desconfiar e a pôr a possibilidade de eu estar grávida.
Eu nem queria acreditar no que ouvia!! Só lhe dizia "Não brinques com coisas sérias", "Não digas isso nem a brincar", "Não posso estar cansada?", "Só preciso de dormir um bocadinho e fico bem!" ou então "Apanhaste uma insolação, só pode!!".

Lembro-me de uma quinta-feira em que fui mais cedo para o escritório e fui ao bar tomar o pequeno-almoço. Pedi um galão e uma torrada que me caíram tão mal tão mal que passei o dia com calafrios, à espera do momento em que tivesse que sair do meu gabinete a correr para ir vomitar.
Obviamente que pensei que o leite estava estragado!!
Passei essa noite a vomitar (e os dias seguintes) e nem me conseguia aguentar em pé! Pensei "Que bonito! Só me faltava agora uma intoxicação alimentar!!". Ainda bem que o Francisco estava nos avós - os meus pais são realmente os melhores dos melhores!
Passei assim a quinta-feira, a sexta e no sábado, quando me senti com força para descer as escadas do prédio e entrar no carro, fomos para cima, entenda-se, casa dos meus pais (distrito de Aveiro). Foram os (aproximadamente) 250 km mais morosos de sempre mas eu tinha que ir ver o Francisco...morria de saudades! Pior do que estar nesse estado, só ter um almoço de família no Domingo mas pensei que entretanto ia melhorar e talvez conseguisse ir ao almoço e agir como uma pessoa normal - podia ser que uma boa dose de anti-olheiras conseguisse minimizar o meu péssimo aspeto! (Realmente, às vezes criamos cada ilusão nas nossas cabeças).
Resumindo, tive que me vir embora do almoço, com toda a gente a olhar para mim, sendo que a minha avó conseguiu fundamentar e difundir a teoria de que eu estava com uma grande depressão!
E convencê-la de que não era depressão nenhuma?! Outro filme!! Já uma pessoa não podia beber leite estragado!
Os dias passavam, a suposta intoxicação alimentar finalmente acabou por passar e eu, pelos vistos, continuava insuportável e a reclamar de tudo o que era cheiros (bem acho que a reclamar de tudo mesmo).

O M. insistia na ideia (estapafúrdia) de que eu devia ir comprar um teste de gravidez. Todos os dias me dizia a mesma coisa e eu cada vez mais passada! Só lhe dizia "Mas o que é que tu percebes disto?! Percebes é de betão e argamassa portanto deixa-me estar que ainda me irritas mais!"

Até ao dia em que cheguei a casa e tinha o teste de gravidez em cima da mesa e, conhecendo a minha teimosia, o M. só me disse "Não tens tanta certeza que não estás grávida?! Então não sei qual é o teu problema em fazer o teste! Fazes e já não te chateio mais com esse assunto."
Determinada em lhe mostrar que não tinha problema nenhum em fazer o teste e que tinha sido dinheiro mal gasto...lá fui!

E...BINGO! O "miúdo" afinal não percebe só de betão!!

As reações e os dias/meses seguintes no próximo post.

Nini Soares

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