segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O momento que descobrimos que iam ser Quase Gémeos...e os seguintes! #parte3

O post de hoje dá continuidade aos posts O momento em que descobrimos que iam ser Quase Gémeos...e os seguintes! #parte1 e O momento que descobrimos que iam ser Quase Gémeos...e os seguintes! #parte2.

Pois é meus caros...este é o post do momento e da reacção à notícia de que iam ser Quase Gémeos... a minha e a do pai.

Bem...entrar no WC para ir fazer o teste foi fácil, até porque eu ia decidida em provar ao M. que a teoria de uma possível gravidez era completamente descabida..! E sair de lá?!
Acho que até tenho alguns lapsos de memória dos minutos imediatamente após o "fatídico segundo tracinho" aparecer. Julgo que tentei fundamentar uma teoria rápida de que aquilo não poderia estar bem para dizer ao M. mas depois pensei "Ok, tu tens (mais do que) obrigação de saber que não há falsos positivos" ou que os mesmos habitualmente se traduzem à margem de erro do teste.
Entretanto consegui dar uns passos, obviamente em taquicardia, e com pior aspeto do que aquele cadavérico da suposta intoxicação alimentar. Abri a porta...
O M. estava no sofá e eu pensei 10 vezes antes de entrar na sala...
...Acho que ele percebeu o resultado mal olhou para mim mas ainda conseguiu dizer um "Então?"
Eu, em choque, não conseguia proferir uma única palavra...
Virei o teste para ele... Acho que se fez silêncio durante alguns minutos. Eu, que choro quase com a mesma facilidade com que me rio, entretanto já estava lavada em lágrimas e só dizia "O que é que vamos fazer à nossa vida? O Francisco ainda é tão pequenino e nós estamos aqui «sozinhos» em Lisboa".
O M. estava apreensivo e preocupado e não me conseguia dizer o "vai correr tudo bem" de sempre, que era tudo o que eu precisava ouvir!

Não havia nada a fazer!! Sim, nada! (Há alternativas que para nós não o são).

O M. deu-me um abraço na tentativa de evitar que eu me estatelasse no chão da sala.

Foi uma noite de poucas palavras cá em casa, acho que ele (M.) ainda me conseguiu tirar de casa para irmos passear a Hyndie, já que o Francisco estava com os avós - ainda bem, naquele estado não conseguia fazer companhia a um adulto, quanto mais tomar conta de um bebé (era negligência pura).

Nos dias seguintes só queria trabalhar, era a única maneira de não pensar demasiado. As viagens casa-trabalho eram feitas em modo "piloto automático" e de lágrimas nos olhos.

"E agora, como é que vamos dizer a toda a gente?"
"Os meus pais vão achar que somos uns irresponsáveis do pior"
"O que é que vamos dizer?"
"A quem é que vamos dizer (por enquanto)?"


Apesar da frase "primeiro estranha-se, depois entranha-se" não ser assim tão literal, os dias/semanas foram passando e fomos tentando interiorizar a ideia de que era mesmo verdade.


Amanhã conto como reagiram os avós dos Quase Gémeos, a restante família e os nossos amigos.

Nini Soares

1 comentário:

  1. Hi Hi Hi...revi me!! Com a diferença que eu fiz o teste sem o pai saber...naquela de " isto vai dar negativo"!!! Eu tive 8 anos para ter a 1ª filha e depois 8 meses para engravidar da 2ª!!!

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